quarta-feira, 18 de maio de 2011

Reflexão relacionando texto e vídeo.

Texto: Cap. 2 do Livro "Escritos curriculares" - O que se entende por Currículo? José Augusto Pacheco
Vídeo: Cenas de "Giordano Bruno", Itália 1973.



As cenas do filme Giordano Bruno trazem algumas ideias de extrema relevância para a compreensão de algumas transformações que a educação sofreu até os dias de hoje.
A educação e principalmente o acesso à universidade era um direito reservado à alguns. Para tê-lo, o indivíduo deveria ser pertencente à classe dominante. Com certeza, este fato era influenciado diretamente pelo tipo de currículo que se pensava e a que formação seria dada. É claro que se a universidade se destina à pessoas que fazem parte de um grupo específico, o currículo será pensado de forma a atender as necessidades deste grupo principalmente porque todo currículo é carregado de ideais políticos e ideológicos. Como o próprio texto diz "...
Como Giordano era um homem a frente de seu tempo, suas ideias foram rejeitadas pelo poder da Igreja Católica, pois as mesmas representam uma ameaça ao poder dela. Mais uma vez podemos pensar na função da formação escolar dos indivíduos e do quanto as mesmas tem a possibilidade de influenciar a emancipação ou alienação destes.
Podíamos perceber há algum tempo que a educação, assim como o retratado no filme, não tinha intenção alguma de tornar os indivíduos autores de sua própria história e livres para pensar. Por isso, todos os que tinham ideias diferentes do que o poder da época apresentava como ideal, eram perseguidos por vezes até a morte.
Hoje, embora ainda existam instituições de formação tradicionais, a educação tem como ideal formar indivíduos livres para pensar e também para escrever sua própria história, interferindo diretamente nela.
"Os homens constroem seu próprio saber", é o que afirma Giordano e é por isso, que hoje o currículo é pensado de forma a valorizar as experiência vividas pelos indivíduos sabendo a importância que cada uma delas tem neste processo.
Pensar e definir o currículo não é uma tarefa fácil, mas deve ser realizada com muita responsabilidade e de forma fiel ao que se pretende enquanto parte do processo de formação de cada aluno.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Avaliação - Relatando experiências

Cursando a graduação há um ano na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, temos experienciado diferentes tipos de avaliação. Nestes primeiros períodos, encontramos avaliações tradicionais e outras que nos permitiam maior flexibilidade.
Falando de avaliações tradicionais, encontramos alguns professores optam por provas, mas ainda que as utilizem não atribuem a ela peso decisivo na nota final, nem mesmo procuram utilizá-la como classificatória.
Em maioria, encontramos professores que nos permitiam ser avaliados por meio de trabalhos, o que muito nos agradava, pois além do fato de termos um grande pavor quando ouvimos a palavra PROVA, desta forma podíamos nos sentir mais contemplados com a avaliação, uma vez que entendemos ser esta uma forma mais fidedigna de avaliar, pois considera todo o processo e não apenas o resultado deste. A única situação de avaliação feita através de provas e que não me pareceu justa, foi a da disciplina EEPP, onde a mesma se baseou em textos trabalhados durante o curso, porém os mesmos foram explanados por meio de seminários apresentados pelos alunos, o que nos fez sentir grande insegurança na hora de realizá-la.
Outra forma com que os professores avaliavam era atraveś da solicitação de resumos e/ou resenhas dos textos utilizados, pois assim, podiam acompanhar as compreensões que vinham sendo feitas e auxiliar nos equívocos ou mesmo colaborar para o enriquecimento da construção do conhecimento.
Em suma, sinto-me bem satisfeita com as formas de avaliação que tenho encontrado ao longo desta curta trajetória que já trilhei, uma vez que percebi em quase todas elas a real reflexão de meu desempenho e espero que continue tendo boas experiências pra que as mesmas me façam sempre lembrar do quão é importante esta ferramenta chamada AVALIAÇÃO.





"A avaliação do ensino/aprendizagem só faz sentido para o aluno, quando é um processo contínuo com vista à reflexão crítica sobre a prática e não apenas configurada por uma classificação e um discurso político vago desvinculado da realidade do educando”.

Roberto Giancaterino