sexta-feira, 21 de maio de 2010

Um pouco sobre a Escola da Ponte

Em, Uma escola sem muros, José Pacheco descreve a escola da Ponte. Esta é um espaço aberto, não possui muros ao redor de seu prédio, não tem salas de aulas definidas, ou seja, a estrutura física das salas de aula existe, porém cada espaço pode servir para experimentações de diferentes gêneros. Por exemplo, um mesmo espaço usado para um trabalho em grupo, pode instantes depois servir para atividades de dramatização.
Nesta escola, as crianças são distribuídas em pequenos grupos onde acontecem atividades de iniciação, que possui um espaço próprio e é onde as crianças aprendem a ler, escrever e a ser gente. Neste grupo, as crianças desenvolvem atividades de leitura e produção de escrita desde o primeiro dia e as atividades produzidas ficam expostas. O outro grupo é o de transição.
Para a criança sair do grupo de iniciação é necessário que esta revele competências de planificação, ou seja, planejamento, pesquisa, avaliação e trabalho em pequenos e grandes grupos.
Na Escola da Ponte, os alunos de um grupo de desenvolvimento circulam pelos espaços da escola sem uma divisão em classes ou anos de escolaridade.
Este “esquema” é apresentado como uma experiência que proporciona um convívio de estrutura familiar, diminuindo os efeitos de transição para a vida escolar e oferecendo condições de estabilidade para um crescimento equilibrado.
A Escola da Ponte é um ambiente em que a cada instante o indivíduo aprende, não apenas os “conteúdos programáticos”, mas também aprendem a respeitar e ajudar o outro e etc.
Com esta proposta, esta escola consegue desfazer o “monstro” da aprovação e reprovação e também das avaliações. Nela, cada aluno decide quando fará sua avaliação, considerando-se preparado para tal, uma vez que esta escola utiliza a avaliação como instrumento de informações da aprendizagem destes.
Esta é uma escola que funciona de forma bem diferente, mas que consegue proporcionar aos seus educandos experiências de aprendizagem únicas e significativas.
Diante desse exemplo, não de forma obrigatória, mas de forma racional e objetiva, deve-se repensar até onde as escolas facilitam e proporcionam o aprendizado e fazem com que estes de fato adquiram esses conhecimentos.
Preocupar-se em proporcionar situações onde os alunos possam expressar suas opiniões, votar direitos e deveres para si mesmos e avaliar-se são atitudes que possibilitam experiências reais de significativas de formação da cidadania.
Com esta proposta a Escola da Ponte tem os mesmos objetivos que outras escolas: que os alunos aprendam mais e melhor, que se descubram cidadãos atuantes no meio em que vivem, que sejam críticos e felizes, mas o que a diferencia das outras escolas é que ela descobriu que uma série de exigências que são impostas na escola “tradicional” não fazem tanta diferença quanto se pensa. Com isso, a Ponte consegue atingir seus objetivos e enriquecer a vida de todos que passam por ela, desde a equipe até os alunos.

Hino da Escola da Ponte de Portugal (Legendado)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Um pouco sobre John Dewey



John Dewey foi um filósofo e pedagogo norte-americano.

Dewey tenta sintetizar, criticar e ampliar a filosofia da educação democrática ou proto-democrática contidas em Rousseau e Platão. Concebia o conhecimento e o seu desenvolvimento como um processo social- integrando os conceitos de "sociedade" e indivíduo.
Para ele, o indivíduo somente passa a ser um conceito significante quando considerado parte inerente de sua sociedade – enquanto esta nenhum significado possui, se for considerada à parte, longe da participação de seus membros individuais.
Para Dewey era de vital importância que a educação não se restringisse ao ensino do conhecimento como algo acabado – mas que o saber e habilidade do estudante adquirem possam ser integrados à sua vida como cidadão, pessoa, ser humano.
A ideia básica do pensamento de John Dewey sobre a educação está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do aluno.

Conhecendo Freinet


Conhecendo Freinet

Um pouco sobre Freinet...

Celestin Freinet foi um pedagogo anarquista francês, um importante referência da pedagogia de sua época, cujas propostas continuam tendo grande ressonância na educação dos dias atuais.


Proposta pedagógica



Para Freinet, a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Sua carreira docente teve início construindo os princípios educativos de sua prática. Ele propunha uma mudança da escola, pois a considerava teórica e portanto desligada da vida.

Suas propostas de ensino estão baseadas em investigações a respeito da maneira de pensar da criança e de como ela construía seu conhecimento.

De acordo com Freinet, a aprendizagem através da experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der certo, ele o repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará sozinho, precisará da cooperação do professor.

Na proposta pedagógica de Freinet,a interação professor-aluno é essencial para a aprendizagem. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno é fundamental.


Técnicas desenvolvidas por Freinet


· A Aula-Passeio: aulas de campo, voltadas para os interesses do estudantes;

· A Auto-avaliação: fichas criadas por Freinet, preenchidas pelos alunos, como

forma de registrar a própria aprendizagem;

· A Auto-correção: modalidade de correção de textos feita pelos próprios autores,

no caso os alunos, sob a orientação do educador;

· A Correspondência Interescolar: atividade largamente utilizada por Freinet, na

qual os alunos se comunicavam com outros estudantes de escolas diferentes;

· O Fichário de consulta: fichas criadas por alunos e professores, para suprir as

lacunas deixadas pelos livros didáticos convencionais;

· A Imprensa escolar: os textos escritos pelos alunos tinham uma função social

real, já que não serviam meramente como forma avaliativa, já que eram publicados e lidos pelos colegas;

· O Livro da vida: caderno no qual os alunos registram suas impressões,

sentimentos, pensamentos em formas variadas, o qual fica como um registro de todo o ano escolar de cada classe;

· O Plano de trabalho: atividade realizada em pequenos grupos que sob a

orientação do educador, com base em um dado tema, desenvolvem um plano a ser realizado num certo intervalo de tempo;

· O Texto Livre: tipo de texto em que o aluno nõa é obrigado a escrever como nas

escolas tradicionais. É livre em formato e em tema. Relaciona-se com a técnica da Imprensa Escolar, Livro da vida e Correspondência Interescolar.